Hoje é dia de falar sobre crime. Mais precisamente, de crime sob investigação ou para quem prefere abreviaturas, CSI. Atenção, lê-se soletrando e não de rajada. A não ser que tenham sotaque de Viseu e então ficava qualquer coisa como Chi: Las Begas. Em inglês, as siglas são as mesmas mas o significado é um pouco diferente. Nos E.U.A chamam-lhe: Crime Scene Investigation, e é supostamente um departamento pertencente às policias municipais. Supostamente, porque afinal é uma série de ficção, embora digam que não anda longe da realidade. Se bem que não estou a ver os nossos policias barrigudos e com bigodes farfalhudos, da Policia Judiciária vulgo Judite, a fazerem recolha de provas criminais de luvas calçadas e colocando com pinças tudo em saquinhos. Ora, esta coisa do CSI é uma excelente série americana, como não poderia deixar de ser, e em cada episódio são resolvidos os crimes mais hediondos que se possam imaginar. Para quem não sabe do que se trata, é mais ou menos isto: uma mulher apanha o marido na cama com outra num motel e dá um tiro na cabeça de cada um com a caçadeira do marido. Atenção, não é um tiro nos cornos, a menos que essa mulher cometa suicídio depois de limpar o sebo ao marido e sua amante. Entretanto, quando vai a sair do motel, dá-lhe uma vontade enorme de fazer chichi e vai à casa de banho do quarto. Depois de se aliviar, e enquanto lava as mãos, abre o armário por cima do lavatório e tira todos os sabonetes e toalhetes que encontra. De seguida, quando se dirige para o carro deixa cair um dos sabonetes sem se perceber. Ao arrancar com o seu carro, pisa esse mesmo sabonete antes da fuga. Então, e depois de todos estes acontecimentos, surge em acção a equipa do CSI pronta para recolher todas as provas do local do crime. Mas não se pense que eles se limitam a apanhar coisas do chão ou a dar uma vista de olhos à pressa... Eles fazem tudo com muito estilo e utilizando equipamentos de tecnologia de ponta. Atenção, tecnologia de ponta não são aquelas bombas propulsoras para o pénis, isso é outro tipo de equipamentos. Depois de colocarem tudo nos tais saquinhos e de vasculharem todos os orifícios dos cadáveres, levam as tais provas para os seus sofisticados laboratórios. Então, com a ajuda dos computadores, das calculadoras, de uma máquina de acetatos, duma máquina de café, duma centrifugadora, duma chaleira e dum micro-ondas, desvendam a autoria dos crimes. No exemplo que dei, o resultado seria este: a tampa da sanita não estava levantada, logo só podia ser uma mulher e nenhuma teria um melhor motivo do que a mulher enganada. E também só uma mulher levaria sabonetes dum quarto de hotel, claro está. Além disso, a caçadeira estava registada em nome do marido adúltero e as marcas dos pneus da criminosa ficaram gravadas no maldito sabonete. E pronto, com o CSI é assim. Quando a culpa parece morrer solteira, estas equipas de gente bem parecida e bem vestida chegam e resolvem tudo num ápice. A minha série preferida é a de Las Vegas pois conta com o profissionalismo do detective Grissom, a inteligência da Sara e, principalmente, a beleza da Catherine. Sim, esta ruiva quarentona é a melhor razão para assistir todas as semanas aos episódios do CSI: Las Vegas. Depois de morrer, gostaria de ser autopsiado por esta mulher. É o meu último desejo. Isso e um telemóvel dentro do caixão pois nunca se sabe... Obrigado.