Sexta-feira, 1 de Dezembro de 2006

ARROZ DE MARISCO

Hoje é dia de voltar a publicar neste blog pois não o pude fazer durante um mês por causa da chuva. É que não dá para escrever concentrado com o barulho da chuva lá fora, não dá mesmo. Preciso de silêncio absoluto para escrever e com todas estas enxurradas tornou-se impossível fazê-lo. Agora que o tempo está mais calmo vou então lançar-me de novo na escrita. Sim, porque para meter água, eu chego e sobro. Estou preocupado com um fenómeno que assola os cafés e pastelarias da minha zona residencial. De facto, os cafés têm cada vez mais nomes muito estranhos. Por exemplo, o que significa o nome "O Nazareno de Braga" num café de Carcavelos? Penso que seria bem mais sensato o proprietário do café assumir que é da Nazaré e não fingir que é bracarense só porque não gosta da sua terra. Há ainda um café que tem um nome muito mais bizarro do que o anterior... "Ovni Amigo", assim se chama este café quem em nada se assemelha a um ovni real. Ou melhor, se houvessem realmente ovnis com aquela forma oval habitual, este café não era de todo igual. Além disso, eu confirmei que o proprietário deste café não é nenhum extraterrestre, embora tenha um sotaque meio saloio. Não consegui foi perceber porque raio o café se chama "Ovni Amigo" pois, como já disse, não se trata dum ovni, logo o proprietário não tem que temer quaisquer desconfianças ou inimizades. Se ao menos o nome do café fosse mais longo, numa declaração amistosa com uma pontinha comunista, talvez tivesse mais sentido. Seria mais ou menos assim: "Ovni Amigo, O Meu Café Está Contigo!" Mas pronto, o dono do café é que sabe... Na Parede há também um café com um nome curioso, trata-se do "Somos Todos Amigos". Mas somos todos amigos, porquê? E, já agora, quem é que é amigo de quem? O proprietário não é meu amigo, embora ele diga que sim no placar luminoso do seu café mas eu juro a pés juntos que nunca fomos sequer apresentados. Foi então que resolvi pôr à prova a nossa suposta amizade, tomando o pequeno-almoço e saindo sem pagar. Não, este fulano não é meu amigo pois, se o fosse, não havia necessidade de me ameaçar com porrada. Aliás, estou em querer que o tipo pertence mesmo à máfia e que o significado de "Somos Todos Amigos" deve ter alguma coisa a ver com a Cosa Nostra. Ainda na Parede, há uma pastelaria chamada "Docinhos da Maria LaSalette Fernandes". Vamos lá ver, mas porque raio é que a Dona Maria LaSalette Fernandes está interessada em divulgar o seu nome completo sem que ninguém o pergunte? Ou será que de facto a sua clientela lhe pergunta constantemente qual o seu nome de baptismo ou porventura de casada... Por mim, não estou minimamente interessado em saber que a Dona Maria LaSalette Fernandes se chama de facto Maria LaSalette Fernandes. Não tenho por hábito entrar numa pastelaria e perguntar o nome aos funcionários do café. Bom dia, como se chama? Bom dia, eu chamo-me Vânia Solange Ferreira. Pois bem, então quero um café e um pastel de nata. É para já, e obrigado por ter gostado do meu nome pois, felizmente, não foi um entrave para aceitar ser servido por mim. De nada, até lhe digo que tem um nome muito bonito. Já agora, e para que conste, os bolos não são assim tão docinhos. São, digamos assim, apenas doces. Voltando a Carcavelos, há outro café com um nome também muito dúbio, chama-se "Mar Jonel". Que existem mares com nomes esquisitos, do tipo Mar Vermelho ou Mar Morto, já todos sabemos... Agora, dum "Mar Jonel", nunca de tal ouvi falar. O dono deste café não se chama Jonel, disso eu sei, e este estabelecimento está a cerca de cinco quilómetros do mar. Então porque diabo se chama "Mar Jonel" a um café em cima duma ribanceira? Por fim, existe um restaurante em Trajouce que se chama "O Carvalhinho Verde". Deixa-me cá ver se escrevi isto como deve ser ou se por acaso me esqueci de alguma letra... Não, está bem escrito... Porém, há quem ache que o nome do café está de facto mal escrito. E por isso, de quando em vez, há alguns engraçadinhos que acham por bem corrigir o nome deste restaurante com a ajuda de um escadote e de tinta branca. Então, "O Carvalhinho Verde" perde uma letra no seu placar exterior e passa a ter um nome um pouco mais erótico. Ou, vá lá, pornográfico mesmo. A ementa mantém-se na mesma e a comida continua boa mas a clientela parece-me mais excitada quando "O Carvalhinho Verde" muda de nome. Enfim, algo se passa com os nomes dos cafés de Cascais... Obrigado.

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Quarta-feira, 1 de Novembro de 2006

DENTES DE LEITE

Hoje apetece-me falar sobre algo profundo mas não queria abordar algo tão complexo como a longa duração das obras no metro do Terreiro do Paço. Talvez qualquer coisa um pouco mais simples como por exemplo: o subsolo. Pois, mas na verdade também entendo muito pouco disso... Aliás, eu entendo muito pouco de tudo, embora esteja desconfiado que há um assunto de que ninguém percebe mesmo nada. Afinal, que coisa é aquela de escolher o grande português de sempre?! Aposto que este é do tipo de coisas de que ninguém ainda sabe como nem porquê. Porque raio a RTP, ou mesmo a Dona Maria Elisa, quer escolher o maior tuga de todos os tempos? Será que mais tarde também se vai escolher o pior português de sempre e o júri precisa dum termo de comparação? Ora, vou tentar encontrar respostas para estas e outras questões para que, pelo menos, eu fique mais esclarecido. Vejamos, se por acaso a RTP está interessada em escolher o melhor português para depois o contratar para apresentar algum programa, então quase que se percebe esta votação. No entanto, se for elegido um grande português que já tenha morrido, de nada serve esta votação pois a RTP precisa de alguém com algum futuro pela frente. Sim, porque para gente que embora ainda não esteja morta mas que esteja com os pés para a cova, já eles têm o Júlio Isidro, o José Hermano Saraiva e, para muitos, até a própria Dona Maria Elisa. Ocorreu-me também, até porque a RTP pertence ao Estado, que queiram escolher o melhor português para depois lhe fazerem uma estátua. Mas para isso não precisavam de gastar muita pedra, bastava escolherem o Mário Soares que como sabemos nunca foi fulano de mexer sequer uma palha, logo dava uma óptima estátua. É claro que se for este o critério para se escolher o maior português de sempre, bastava escolher qualquer politico pois estão todos habituados a permanecer quietos e sem fazer nada. Seria até uma boa oportunidade para vê-los fazer alguns raros movimentos, como por exemplo: desviarem-se da caca dos pombos. Mas ainda assim, e depois de todo este meu esforço intelectual, continuo sem saber porque carga de água querem fazer este concurso. Falaram em escolher o Vasco da Gama, a Rosa Mota, o Afonso Henriques, o Carlos Lopes, entre outros, mas não creio que sejam escolhas muito acertadas. É assim, o Vasco da Gama descobriu o Brasil mas ninguém nos garante que ele não tinha o mapa daquele caminho. Sei lá eu se não foi outro gajo estrangeiro, ou mesmo brasileiro, que lhe emprestou o mapa ou até mesmo uma casa para ele ir de férias mais a sua tripulação?! Ser o primeiro a ir ao Brasil foi fácil, afinal ele era o único tuga que naquela altura tinha uma caravela. A Rosa Mota também não percebo pois ela mesmo tendo ganho algumas medalhas de ouro nas maratonas não conseguiu evitar a vergonha que foi para o nosso país em ter uma mulher portuguesa assim tão feia e com ar de quem passa fome em Portugal. Com o Carlos Lopes foi precisamente o contrário pois o homem era todo elegante quando ganhou também a maratona e agora mais parece um barril das caves do Douro. É até por isso que eu não pratico jogging pois não quero ficar como o Carlos Lopes, logo é um péssimo exemplo de um grande português. A menos que a escolha seja mesmo essa: escolher um grande português ou, melhor dizendo, o português mais largo. O Afonso Henriques também não é uma boa escolha porque, dizem as más-línguas, deu uma sova na própria mãe. Das duas uma, ou ela chamou-lhe filho duma prostituta ou então disse-lhe que ele era um filho bastardo. O que na verdade vai tudo dar ao mesmo, daí ele se ter passado dos carretos. Logo seria também uma vergonha para o país escolher um filho que bate na mãe ou que porventura seja filho de uma qualquer criada ou servo do reino. Sim, porque essa coisa de ter corrido com os Mouros e os espanhóis daqui para fora só nos prejudicou pois continuam a haver muitos camelos no nosso território, politicamente falando, e seria muito melhor para todos os portugueses se fossemos mais uma província de Espanha. Pelo que vejo, não vai ser nada fácil escolher o maior português de sempre e talvez fosse mais sensato escolher o melhor português do mês. Sim, seria muito mais simples e provavelmente traria mais audiências à RTP. Por exemplo, em Outubro, penso que o melhor português foi a própria Dona Maria Elisa que conseguiu inventar a pergunta mais estúpida como mote de um concurso e ainda para mais se prepara para apresentá-lo. Bem, ao fim ao cabo, consegui também ser muito profundo na análise deste assunto. Será que tenho hipótese de ser escolhido como o grande português do mês de Novembro? Obrigado.

 

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Sábado, 28 de Outubro de 2006

CSI: LAS VEGAS

Hoje é dia de falar sobre crime. Mais precisamente, de crime sob investigação ou para quem prefere abreviaturas, CSI. Atenção, lê-se soletrando e não de rajada. A não ser que tenham sotaque de Viseu e então ficava qualquer coisa como Chi: Las Begas.  Em inglês, as siglas são as mesmas mas o significado é um pouco diferente. Nos E.U.A chamam-lhe: Crime Scene Investigation, e é supostamente um departamento pertencente às policias municipais. Supostamente, porque afinal é uma série de ficção, embora digam que não anda longe da realidade. Se bem que não estou a ver os nossos policias barrigudos e com bigodes farfalhudos, da Policia Judiciária vulgo Judite, a fazerem recolha de provas criminais de luvas calçadas e colocando com pinças tudo em saquinhos. Ora, esta coisa do CSI é uma excelente série americana, como não poderia deixar de ser, e em cada episódio são resolvidos os crimes mais hediondos que se possam imaginar. Para quem não sabe do que se trata, é mais ou menos isto: uma mulher apanha o marido na cama com outra num motel e dá um tiro na cabeça de cada um com a caçadeira do marido. Atenção, não é um tiro nos cornos, a menos que essa mulher cometa suicídio depois de limpar o sebo ao marido e sua amante. Entretanto, quando vai a sair do motel, dá-lhe uma vontade enorme de fazer chichi e vai à casa de banho do quarto. Depois de se aliviar, e enquanto lava as mãos, abre o armário por cima do lavatório e tira todos os sabonetes e toalhetes que encontra. De seguida, quando se dirige para o carro deixa cair um dos sabonetes sem se perceber. Ao arrancar com o seu carro, pisa esse mesmo sabonete antes da fuga. Então, e depois de todos estes acontecimentos, surge em acção a equipa do CSI pronta para recolher todas as provas do local do crime. Mas não se pense que eles se limitam a apanhar coisas do chão ou a dar uma vista de olhos à pressa... Eles fazem tudo com muito estilo e utilizando equipamentos de tecnologia de ponta. Atenção, tecnologia de ponta não são aquelas bombas propulsoras para o pénis, isso é outro tipo de equipamentos. Depois de colocarem tudo nos tais saquinhos e de vasculharem todos os orifícios dos cadáveres, levam as tais provas para os seus sofisticados laboratórios. Então, com a ajuda dos computadores, das calculadoras, de uma máquina de acetatos, duma máquina de café, duma centrifugadora, duma chaleira e dum micro-ondas, desvendam a autoria dos crimes. No exemplo que dei, o resultado seria este: a tampa da sanita não estava levantada, logo só podia ser uma mulher e nenhuma teria um melhor motivo do que a mulher enganada. E também só uma mulher levaria sabonetes dum quarto de hotel, claro está. Além disso, a caçadeira estava registada em nome do marido adúltero e as marcas dos pneus da criminosa ficaram gravadas no maldito sabonete. E pronto, com o CSI é assim. Quando a culpa parece morrer solteira, estas equipas de gente bem parecida e bem vestida chegam e resolvem tudo num ápice. A minha série preferida é a de Las Vegas pois conta com o profissionalismo do detective Grissom, a inteligência da Sara e, principalmente, a beleza da Catherine. Sim, esta ruiva quarentona é a melhor razão para assistir todas as semanas aos episódios do CSI: Las Vegas. Depois de morrer, gostaria de ser autopsiado por esta mulher. É o meu último desejo. Isso e um telemóvel dentro do caixão pois nunca se sabe... Obrigado.

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Segunda-feira, 23 de Outubro de 2006

SOPA DE LEGUMES

Hoje é novamente um dia de regresso à blogosfera. Eu sei que já disse isto antes mas acreditem que agora é mesmo a sério. Aliás, basta repararem na maneira como eu escrevi que estou mesmo de regresso. Sim, eu não me limitei a dizer que regressei à blogosfera. Eu admiti, peremptoriamente, que estou de regresso à blogosfera. O que é bem diferente do que dizer pura e simplesmente que regressei à blogosfera. Isto que fique bem esclarecido pois eu não ando aqui a dizer que voltei à blogosfera por dá cá aquela palha e não sei quê... Estou de pedra e cal e, cá está outra de vez, de regresso à blogosfera. Viram a diferença? Ah pois é, eu cá não brinco com coisas sérias! Bom, agora vou esclarecer também porque raio disse no último post que tinha regressado à blogosfera mas afinal isso não chegou a acontecer. A explicação é simples: além de não ter escrito que estava de regresso à blogosfera com a mesma convicção com que o fiz ainda agora, e o qual ficou inequivocamente provado, houveram também factores alheios à minha vontade de regressar mesmo à blogosfera como disse no passado mês de Setembro. Ora, esta impossibilidade foi da responsabilidade de certas mulheres. Reparem que eu não disse uma mulher mas sim as mulheres, no plural, como podem reparar pelas duas letras que eu acrescentei à palavra mulher. Além de que eu também não disse as mulheres mas, ao invés, certas mulheres. O que prova que eu sei de que mulheres estou a falar pois na verdade foi com estas mulheres com que eu me cruzei e pelas quais fui impossibilitado de regressar à blogosfera como tinha dito que o fazia mas acabei por não o fazer. Comigo é assim, tudo muito bem explicadinho para que não surjam dúvidas que possam atentar ao meu bom-nome mesmo que para muita gente o meu nome não tenha nada de bom. Sim, de facto certas mulheres, cá estão elas, impediram-me de ter tempo para publicar neste blog e consumar o tal regresso à blogosfera que anteriormente mencionei e até expliquei. Não sei porquê, ou por qual fenómeno, me vi envolvido com tantas mulheres nestes último meses. Para que lado fosse, lá estava uma mulher, se descia lá estava outra, se subia dava de caras com mais uma mulher... Enfim, eram mesmo várias mulheres à minha volta, ou como eu sabiamente as apelidei de imediato: certas mulheres. E certas mulheres porquê? É simples: porque só mesmo certas mulheres me poderiam rodear. E eu quando digo rodear, não me estou a referir ao facto destas mulheres se disporem em circulo à minha volta tipo o jogo da cabra-cega... Elas não só me rodeavam como também me apertavam contra certas partes dos seus corpos, umas contra as outras e eu contra todas. Bem comparado, era um pouco como aquela música do Paulo de Carvalho. Lá estavam aquelas meninas à minha volta, deixando o meu corpo a arder, tal e qual uma fogueira. Apesar de parecer que dá para perceber o que eu quero dizer, vai-se a ver e não dá. Sim, porque eu sei que as Vossas mentes pecaminosas julgam que eu passei estes dois últimos meses envolvido em grandes bacanais de sexo com várias mulheres ao mesmo tempo... Mas não, nada disso. Até porque, eu sou um fulano com uma elevada moral devido à minha vasta educação religiosa. Sim, eu não ando por aí embrulhado com várias mulheres só porque estas decidem rodear-me como quem quer mesmo a coisa. Nos meus tempos de catequese, aprendi que devemos somente fazer sexo com as mulheres que amamos e nada mais do que isso. Logo, todo o bom católico solteiro pratica a masturbação. Porém, eu apenas fui um católico devoto durante a minha puberdade, embora ainda mantenha alguns desses valores sempre que o jejum assim o exige. De realçar, portanto, a diferença entre eu dizer que fui rodeado por certas mulheres e não por quaisquer mulheres. Sim, porque não são quaisquer mulheres que me rodeiam, de tal forma, que me impossibilitam de regressar à blogosfera e de faltar com a minha palavra. Têm que ser mesmo certas mulheres. Obrigado.

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Domingo, 3 de Setembro de 2006

GEL DE BANHO

Hoje estou de volta à blogosfera pois finalmente consegui descobrir a password deste blog. Depois de várias tentativas falhadas ao fazer o login, enganei-me, e escrevi pocilga com cê, em vez de escrever com dois ésses como o vinha a fazer durante quase um mês. Por ironia do destino, acertei! Cheguei mesmo a pensar em desistir, pensando eu, que tinha sido vítima de um ataque de pirataria informática. Até fiz uma participação na polícia mas de nada me serviu pois eles disseram que pocilga se escrevia com um ésse e não com dois ésses como eu andava a insistir. E pronto, cá estou eu, e vou já tratar de recuperar o tempo perdido pois passou-se tanta coisa nesta minha ausência que nem sei por onde começar... Talvez comece pelas minhas férias na Fonte da Telha, que foram muito boas. Tudo começou quando andei a sondar destinos paradisíacos em algumas agências de viagens, procurando por apartamentos em praias com muito sol, até porque as praias sem sol não fazem muito o meu género, e onde se pudesse encontrar gente doutras culturas. Foi então que na agência "Vou Mas Volto" encontrei o que tanto procurava... Quinze dias na Fonte da Telha em regime quase completo no aldeamento turístico "Barracas da Falésia". Era quase completo porque tudo dependia se as refeições eram ou não servidas. Tanto podia não haver comida que chegasse, como o próprio cozinheiro não aparecesse para trabalhar. Já para não falar no serviço de quartos que era do tipo self-service pois tinha que ser eu a fazer a cama e a lavar as toalhas e os lençóis num tanque colocado na varanda. Mais tarde, percebi que a hidromassagem, a que eles referiam, era nesse mesmo tanque, desde que eu estivesse disposto a chapinhar um bocado. Sempre gostei destes bangalows de madeira junto a uma falésia pois eram de tal forma perto do mar que, por vezes, durante as marés-cheias, ficava com o quarto inundado. O único problema destes bangalows era o saneamento, pois os chuveiros eram comuns, tal e qual a fossa a céu aberto. Mas creio que esse é o preço a pagar por estar tão perto da natureza. E por falar em preço, até que não foi caro, paguei apenas uma diária de cem euros. Creio que foi um valor justo a pagar pois este tipo de resort naturista acalenta muitas despesas para o seu proprietário. Quase dia sim, dia não, era habitual ver por ali um fiscal da câmara a passar multas por habitação clandestina, sabe-se lá porquê... Tal como eu queria, confraternizei com diferentes culturas, desde africanos a pessoas de leste, alguns ciganos e até espanhóis. Já para não falar no atendimento do aldeamento que estava a cargo de brasileiros... Enfim, tudo gente simpática e bastante festiva. Houve algumas noites em que a alegria era tanta que até se ouviam tiros de caçadeira. Por vezes, também a policia se juntava à festa que durava até altas horas. Reparei que havia por lá muitas mulheres solteiras, embora conhecessem quase todos os homens ali hospedados pois eram um entra e sai naqueles bangalows que eu, curioso, resolvi ver do que se tratava. Porém, não cheguei a entrar nessas festas temáticas pois elas pediam-me para tirar a roupa e também algum dinheiro, e eu sempre pensei que se recebia dinheiro para se despir e não o contrário. Mas pelos vistos, na Fonte da Telha, o striptease funciona ao contrário. Concluindo, gostei imenso das minhas férias, só é pena ter apanhado uma urticária pois sou alérgico a químicos. Sim, na Fonte da Telha a água é verde ou não fosse uma praia no seio da natureza. Como todos sabemos, a natureza é verde, tal e qual a cor das descargas da fábrica Petro-Química que fica ali perto. Obrigado.

 

chavascado por suinoecultura às 00:00

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